Não basta projetar produtos e softwares com diversas funcionalidades interessantes. É preciso também proporcionar facilidade de acesso e boas experiências de uso. É pensar mais no ser humano do outro lado da tela.
Tenho estudado a evolução dos serviços da Informant para melhora contínua de nosso portfólio. E, uma das demandas dos clientes identificada com clareza nos últimos anos engloba a conversão do nosso negócio para um modelo “one-stop-shop”, em que as empresas interessadas em nos contratar não necessitam, necessariamente, contratar também outras entidades ou serviços adicionais.
Assim, há aproximadamente dois anos, começamos a estudar o Design de Interação como uma saída para as necessidades de cada cliente, quanto à construção de interfaces agradáveis, e com o conhecimento adquirido, mapeamos este novo papel dentro da empresa. O interessante sobre o Design de Interação é a mudança na forma como a concepção e a evolução de aplicações é construída, tirando da mão da engenharia a árdua tarefa de conceber interfaces funcionais, afinal, quem já desenvolveu softwares em algum momento da vida, presenciou a criação de aplicações ricas em funcionalidade, porém impossíveis de serem utilizadas.
A criação de experiências agradáveis de uso tornou-se fator chave para o sucesso referente à migração das aplicações do desktop para a nuvem. Desta forma, o valor entregue em UX (User Experience) é tão equivalente quanto às regras de negócio, em determinados modelos. Ao entender a questão do Design de Interação como a ciência que estuda o usuário como o centro da interação, também identificamos a necessidade de expandir o conhecimento da empresa, identificado como Design Thinking, uma palavra nova que aparentemente representa a mesma coisa, mas merece diferenciação.
No Design Thinking, a solução do problema vai muito além do produto, entrando em questões sociais e econômicas, antes atribuídas a área de negócios da instituição.
Como na administração clássica, uma empresa seguia um plano de negócios quase fixo, desenvolvido para ser executado em anos e a necessidade do feedback sobre alterações no produto dava margem a uma separação entre a área de negócio e o desenvolvimento de produto. Na era das startups e adotando o método lean, um plano de negócios clássico se tornou tão sem sentido quanto mortal, assim como a ausência do foco em design no processo central de negócio também pode ser considerada ainda mais fatal.
Colaborando com a evolução desta linha de pensamento, tive a oportunidade de acompanhar o Interaction South America 2012, um evento internacional sediado em São Paulo, voltado para o Design de Interação, onde pude entender um pouco mais sobre o papel da prototipação e interação até mesmo no Service Design. Depois de ouvir todas as palestras, consegui conversar com Don Norman, autor de “The Design of Everyday Things”, e ex-vice-presidente de tecnologia da Apple, tido como o criador do Design de Interação. A foto que ilustra este material mostra um simpático senhor, em uma conversa superinteressante sobre Steve Jobs e um pedido sem jeito de foto, durante a balada do evento, comprovando que não existe limite para a criatividade e diversão.
Com tantos termos novos para problemas antigos, temos a plena consciência de que a evolução das aplicações nos próximos anos será baseada no Design de Interação e suas vertentes, tanto para facilitar a rápida entrega de valor ao cliente, quanto para melhorar funções da tecnologia já existente ao nosso redor. Afinal de contas, quem não gostaria de ter um micro-ondas capaz de mandar mensagens pela rede sem fio e avisar quando a comida estiver pronta? Há pouquíssimos anos isso não faria nenhum sentido. Hoje, com nossos smartphones e TVs, alguém precisa pensar em conectá-las adequadamente e criar funções inovadoras para gerar valor aos produtos e serviços que já dispomos em nossas casas.
Essa visão é algo que entendemos como a evolução das aplicações e do mundo que queremos ajudar a construir.
Fonte: Webinsider
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