Desde o início da década de 1980, a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, inventa moda. É que ali funciona a Coopa-roca (Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha), uma instituição que capacita, coordena e gerencia o trabalho de mulheres, que fazem peças artesanais focadas no mercado da moda e do design.
“A entidade foi criada para que as cooperadas pudessem trabalhar em casa, complementando o orçamento e sem se afastar dos filhos”, explica Maria Tereza Leal, fundadora da instituição.
As atividades começaram com sobras de tecidos e materiais reciclados, mas tudo mudou quando a cooperativa participou da exposição carioca Retalhar, em 2000. “Nesse evento, conhecemos artistas plásticos, designers e estilistas. Esse contato proporcionou a expansão da instituição, pois firmamos parcerias com grifes brasileiras e internacionais, como a Lacoste, criando um trabalho diferenciado”, explica Maria Tereza Leal.
Hoje, a Coopa-roca não usa materiais reciclados, mas sua fundadora ressalta que a prática da reciclagem foi fundamental e promoveu um impacto social e econômico positivo na vida das cooperadas. “Nosso trabalho é uma referência no processo de inserção social das comunidades de baixa renda e isso é de extrema importância. A partir da reciclagem, conseguimos experiência para dar outros passos importantes”, avalia a socióloga.
Produtos no shopping
Hoje, a instituição continua produzindo artigos artesanais e de alta qualidade e, além das parcerias, a cooperativa tem uma loja própria no shopping Fashion Mall, no Rio de Janeiro. As peças comercializadas vão de artigos de decoração, como almofadas e luminárias; acessórios, entre bolsas e colares; e vestuário, como saias, blusas e calças.
Fonte: Terra
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