Empresas lideram o ranking da E-Consulting que mede o nível de interatividade na web
Coca-Cola, Google, Apple, Fiat e Natura são as empresas que mais interagem com os brasileiros na internet. É o que indica o Ranking de Presença Online, realizado pela E-Consulting em parceria com o TechLab, do Grupo ECC, que mapeou a atuação de 121 das maiores companhias do país em sites como Google, Twitter, Facebook, Orkut, Youtube, LinkedIn e ReclameAqui.
Aparecem ainda na lista, em ordem decrescente, Ford, Volkswagen, Nokia, TV Record, IBM, Petrobras, Microsoft, Toyota, Motorola e Tam. Para conquistarem as principais colocações, as companhias têm um ponto em comum: souberam aproveitar os recursos oferecidos pela web e não pouparam esforços para utilizar os canais da maneira mais eficiente.
“Provavelmente, as empresas que lideram a lista têm serviços que são objeto de interesse de compartilhamento, marcas ou produtos envolvidos em temas atrativos, como sustentabilidade, música ou religião. Historicamente, algumas também têm uma comunidade de pessoas acostumadas a interagir, como é o caso da Coca-Cola”, explica Daniel Domeneghetti, Sócio-Fundador da E-Consulting e coordenador do estudo, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Não basta ser gratuito
O levantamento realizado no primeiro trimestre de 2011 teve como objetivo avaliar a presença, capilaridade, atuação e reputação das empresas, descartando canais próprios. A ideia era deixar de lado a informação primária, feita em canais oficiais e avaliar apenas a repercussão a partir da interação dos usuários. Para isso, todos os ambientes proprietários e não-colaborativos foram desconsiderados.
“Foi observada a multicanalidade não-proprietária das companhias. Muitas empresas com alta insidência na web ficaram de fora por não serem comentadas pelos internautas. O estudo também não levou em consideração se a presença era positiva ou negativa”, conta Domeneghetti.
Para as companhias que desejam seguir os passos de ícones como Coca-Cola, Google e Apple e estar presentes no ambiente online de forma relevante, há alguns pontos a serem considerados. Ainda que plataformas como as redes sociais sejam gratuitas, é necessário um investimento em projetos, equipes e infraestrutura para que os objetivos sejam alcançados.
Cuidado com o excesso de canais
Conhecer a fundo os consumidores também é importante para que as ações sejam efetivas. Não adianta achar que o público é homogêneo e se comporta de maneira semelhante. As iniciativas das empresas devem ser adequadas aos diferentes perfis de internautas. A aproximação exige ainda que as companhias assumam suas causas e mostrem sua “cara”. Para isso, nada melhor do que compartilhar conteúdo relevante, capaz de conectar a empresa aos stakeholders.
O ponto fundamental, no entanto, é ter a certeza de que – querendo ou não – as pessoas estão falando sobre as empresas na internet. Não adianta ignorar ou, muito menos, querer controlar e censurar os internautas. Por outro lado, apelar para todos os canais possíveis pode ser um tiro no pé.
“Há dois grandes erros das empresas. Um deles é o excesso de canais. A escolha de canais tem que ter finalidades claras. Outra falha comum é a incapacidade de compreender o público, fazendo com que os consumidores ignorem ou, pior, rejeitem a empresa. As companhias devem acessar os consumidores pelo melhor canal, com a melhor mensagem e no melhor momento”, diz o coordenador do ranking da E-Consulting.
Fonte: Mundo do Marketing
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