O Ministério da Ciência e Tecnologia e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) assinaram um memorando de intenções para criar uma empresa privada, destinada a estimular a inovação tecnológica na indústria brasileira. A ideia inicial é que o órgão siga os moldes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias), por conta disso, foi batizado de Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).
O objetivo da empresa, segundo comunicado da CNI, será promover parcerias e credenciar instituições de pesquisa e tecnologia, com o intuito de criar centros voltados a desenvolver projetos inovadores.
Os recursos da Embrapii serão formados por dinheiro fornecido pelo governo, centros de pesquisa e corporações. O principal objetivo, de acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, é atender, principalmente, pequenas e médias empresas.
Um dos modelos seguidos pela Embrapii é o do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, que mantém parcerias com mais de 60 instituições de pesquisa tecnológica, formando uma das maiores redes de inovação do mundo.
No caso da empresa brasileira, a princípio, a entidade terá parcerias com três instituições de tecnologia: o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia (SENAI-Cimatec), o Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Mas a proposta é ampliar essa rede para 30 entidades.
Vale destacar que, em entrevista ao Olhar Digital sobre a nova política industrial , Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, destacou que um dos pontos fundamentais para estimular a inovação na indústria brasileira é promover a cooperação entre governo, instituições de ensino, centros de pesquisa e empresas. O que parece ser uma das bases do Embrapii.
Além da criação do Embrapii, Mercadante anunciou ainda que o nome da sua pasta (até então, Ministério da Ciência e Tecnologia) passa a ser Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo ele, a mudança foi proposta pela presidente da República, Dilma Rousseff.
Fonte: Olhar Digital
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