"Nas últimas duas semanas, o mundo passou por uma nova crise, mais perigosa, em função da dívida da zona do euro, que fez a economia mundial ficar enfraquecida", disse Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, durante uma entrevista ao The Weekend Australian, no último final de semana. Soma-se a esse problema o que vem acontecendo nos EUA com o tamanho de sua dívida pública e o rebaixamento da classificação de risco pela Standard & Poor’s.
A nova crise, entretanto, não está sendo encarada por especialistas e governo como algo ameaçador à economia do País. Resquício da crise de 2008, ela tem condições de ser enfrentada tanto pelo governo como pelo próprio mercado.
"Graças a algumas medidas, vamos preservar as nossas forças produtivas, os nossos empregos e a renda da população, como foi feito entre 2008 e 2009", garantiu a presidente Dilma Rousseff em entrevista recente.
Entre as medidas já adotadas por ela estão a nova política industrial, que estabelece incentivos financeiros às empresas, e a desoneração da folha de pagamento a setores com mão de obra intensiva, entre outras medidas.
Se mesmo assim a economia nacional for afetada, o varejo alimentar será o que menos sofrerá impactos. “Provavelmente, não haverá desaceleração das vendas no autosserviço. O efeito será o mesmo de 2008 e 2009, ou seja, as medidas para garantir o consumo interno tendem a elevar as compras de alimentos”, avalia José Góis, analista econômico da Win Trade, consultoria de mercdo.
Segundo ele, o grau de contágio do sistema financeiro nessa crise é mais limitado e não mudará as condições do varejo.
O setor que poderá amargar alguma retração é o de bens duráveis. “Com medo de perder os empregos, as pessoas poderão evitar grandes e longas dívidas. Em períodos de crise é comum cair a venda de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e automóveis ”, destaca Góis.
Fonte: SM
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