Os produtos importados responderam por 22,7% do consumo interno do Brasil em setembro.
Em junho, essa fatia era de 20,7%. Conforme dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o índice de setembro é o maior da série histórica, iniciada em 2003, superando o recorde anterior, de setembro de 2008, que era de 20,5%. O motivo para tanto crescimento é o dólar baixo.
Para os importadores, varejo e consumidores, isso é muito bom. No entanto, o peso dos produtos estrangeiros no consumo nacional tem crescido mais rapidamente do que a produção brasileira destinada às exportações. Isso é um indício de perda de espaço da indústria nacional.
Para Nelson Marconi, professor de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), os danos à indústria nacional só não ocorrerão se o governo mexer no câmbio. Hoje, para se proteger da valorização do real, a indústria vem aumentando as importações de componentes para conseguir reduzir custos e manter a produtividade. Tal processo já afeta os fornecedores desses insumos. “Se olharmos a indústria como um todo, ela está crescendo. Mas poderia crescer mais se não dependesse tanto disso”, afirma.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário