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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

América Latina é mercado inexplorado para o turismo gay, diz estudo

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Segundo relatório, no Brasil, os consumidores locais de GBLT gastaram mais de 20 bilhões de dólares.

Londres – A América Latina é um mercado inexplorado e potencialmente lucrativo para a indústria do turismo homossexual, e o Brasil é o destino número um deste segmento, revela um informe apresentado esta quarta-feira, em Londres, pela consultoria de marketing Out Now.

“O Brasil não é só o destino número um da América Latina” para muitos países, inclusive os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, mas também “o maior mercado GTLB emissor da região”, destacou, em comunicado, Ian Johnson, fundador e presidente da consultoria.

Cerca de 25 milhões de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GBLT) vivem na região, segundo o estudo divulgado no âmbito da feira World Travel Market (WTM), celebrada até quinta-feira na capital britânica.

Esta população, equivalente à da Venezuela, faz do segmento GBLT um “mercado multimilionário” para as cada vez mais numerosas empresas que tentam atrair este tipo de turista, acrescentou o estudo.

A América Latina é uma das regiões que tem o maior crescimento econômico nestes tempos de crise, tem sido “até agora uma região onde os clientes GBLT foram muito ignorados pela indústria turística”, destacou Johnson, ressaltando que o estudo visa a “mudar” esta situação.

O relatório, que será publicado integralmente em janeiro de 2011, revela por exemplo que, em 2010, “no Brasil, os consumidores locais de GBLT gastaram mais de 20 bilhões de dólares e no México, 5 milhões de clientes GLBT gastaram 8 bilhões de dólares”, enquanto “GBLT argentinos gastaram um total de 4 bilhões de dólares em viagens e outras atividades turísticas”.

O fundador da Out Now advertiu às empresas que concorrem para conquistar este segmento lucrativo que “é pouco provável que tenham sucesso” se procurarem apenas o lucro porque para muitos consumidores GBLT, a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento gay, e a etiqueta ‘gay friendly’ não são mais suficientes.

“Esta expressão, inclusive, é uma frase batida e não faz absolutamente nada para salvar férias que podem ser arruinadas quando um hotel é pouco acolhedor para um casal de lésbicas que acabam de chegar ou um casal de gays que pedem serviço de quarto na suíte nupcial”, acrescentou.

Fonte: Portal Exame

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