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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Twitter, o novo problema das companhias aéreas

Passageiros utilizam a rede social para reclamar sobre cancelamentos, atrasos ou atendimento ruim

Chicago, EUA. As cartas, correios eletrônicos e chamadas de reclamações ainda servem a alguns passageiros insatisfeitos com as linhas aéreas, mas cada vez mais pessoas percebem que se quiserem ter sua frustração ouvida, terão de fazê-la publicamente. Essa é a moda da rede social Twitter, onde as companhias aéreas descobriram que passageiros incomodados com cancelamentos, atrasos ou mau atendimento têm publicado suas histórias na rede.

Twitter e outras redes sociais tornaram-se outro fator para as complicadas relações das linhas aéreas com o público. Embora esse tipo de site tenha um uso prático para as companhias - por exemplo para anunciar ofertas e informação de voos -, os especialistas dizem que a tecnologia fez com que estivessem mais atentas para enfrentar as queixas no Twitter todos os dias.

"É quase uma fábrica de raiva acumulada", disse Terry Trippler, em tripplersview.com, um site de opinião para viajantes. "Poucas vezes vejo no Twitter mensagens que elogiem uma companhia aérea. Normalmente só as atacam", acrescentou.

O Twitter, que permite às pessoas publicar mensagens instantâneas de 140 caracteres para que sejam lidas por milhares de usuários, transformou-se rapidamente em uma arma poderosa para evitar a censura. As mensagens ou "tweets" dos manifestantes iranianos após as polêmicas eleições, por exemplo, se tornaram em um dos protagonistas da história.

A seguir algumas mensagens no Twitter publicadas na manhã da quarta-feira (19) sobre companhias aéreas:

"Deveria estar envergonhada, Continental Airlines", escreveu o usuário DiscoverU.

"United Airlines é a causa de minha desgraça", disse elnodonle.

A Continental Airlines e American Airlines, da AMR, não quiseram realizar declarações sobre esses comentários e não foi possível falar imediatamente com uma porta-voz da United Airlines. "Estamos seguindo esses 'tweets' e respondemos direta ou publicamente quando é apropriado", disse Kelly Cripe, porta-voz da Continental.

Por outro lado, Billy Sanez, que está encarregado do controle dos meios sociais da AMR, disse que as redes sociais permitem um melhor diálogo com os consumidores. "O Twitter e os outros sites e ferramentas sociais são uma forma de criar diálogo ou de dizer algo às pessoas", disse e acrescentou que "se quiserem falar e se quiserem ter um diálogo, eles terão. Se quiserem dizer algo, têm a oportunidade de expressá-lo”.

Fonte: America Economia

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