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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Política industrial passa a incluir setor de brinquedos

BRASÍLIA - O setor de brinquedos passou a integrar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do governo. Segundo o secretário de Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, isso significa que as demandas do setor passarão a ser tratadas de forma integrada dentro do governo e, com isso, poderão ser atendidas mais rapidamente. A PDP já inclui hoje 27 setores, como bens de capital, construção civil, madeira e móveis, couro e calçados, biodiesel e eletroeletrônicos.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista, uma das principais demandas das empresas é voltar a ter acesso aos financiamentos concedidos pelo BNDES. Ele explicou que desde 1995, quando foi implementada a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul e reduzido o imposto de importação para brinquedos, houve uma enxurrada de produtos chineses no Brasil, o que afetou a indústria nacional e fez com que vários fabricantes entrassem em dificuldades financeiras.

- Hoje, ninguém consegue operar com o BNDES. O banco tem que me tirar da lista negra. É preciso que a relação entre BNDES e o setor de brinquedos seja reconstruída - disse Batista, lembrando que as empresas já recuperaram o equilíbrio financeiro.

Ele afirmou o setor precisa fazer investimentos de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, sendo que 50% deste total precisam vir do BNDES. Batista disse ainda que é preciso haver redução do imposto de importação para partes e peças da indústria de brinquedos. Outro problema está no subfaturamento dos brinquedos chineses, que hoje entram no Brasil pelo valor de US$ 8,70 o quilo.

- Queremos que, até 2010, o quilo do brinquedo importado custe US$ 10, que é um preço competitivo no mercado internacional - disse o presidente da Abrinq, defendendo maior rigor nos instrumentos de defesa comercial.

Entre as metas que o setor de brinquedos espera atingir até 2010 com a inclusão na política industrial estão a redução de 5% nos preços dos produtos, aumento na participação de mercado de 55% para 65%, aumento de 12% no faturamento e geração de 1.000 novos empregos.

Fonte: O Globo

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