Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, e publicada recentemente na revista Science, a melhor maneira de guardar realmente as novas informações recebidas em sala de aula é testar o conhecimento do aluno antes que o cérebro tenha tempo de esquecê-las.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas estadunidenses – chefiados pelo autor Jeffrey Karpicke – fizeram um levantamento entre 200 alunos universitários. Aos jovens, divididos em quatro grupos, foi solicitada a leitura de um texto. O primeiro grupo leu o material uma só vez; o segundo revisou a passagem até quatro vezes, enquanto o terceiro organizou as informações em um diagrama e o quarto escreveu uma redação sobre o que tinha lido. Ao serem avaliados sobre o tema, depois de uma semana, os estudantes do quarto grupo tiveram o melhor desempenho.
“Vivemos em um mundo de permanentes avaliações. Então, é importante acostumar-se com o ‘ser testado’ desde cedo. Além disso, o emprego de exercícios práticos e pequenos testes logo após as aulas ajuda os alunos a identificar as falhas no seu aprendizado e, consequentemente, a sedimentar o que aprendem ao longo do ano. Assim, a aplicação de provas deixa de ser somente um meio para selecionar os melhores alunos e assume sua real função como importante ferramenta para tornar o ensino cada vez mais eficiente”, explica a pedagoga Francisca Giacometti Paris, mestre em educação e diretora pedagógica do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.
Como a maioria dos estudantes não gosta nem de ouvir falar em revisar o que o professor ensinou em sala de aula, o estudo acaba sendo adiado para a véspera da prova. Desse modo, o trabalho é muito maior, uma vez que provavelmente será necessário reaprender os ensinamentos acumulados em meses de aulas os quais, muitas vezes, não foram absorvidos adequadamente.
No entanto, os métodos adotados tanto em sala de aula quanto em casa são determinantes para o domínio – ou não – do conteúdo ensinado. Segundo Francisca, não há uma maneira única de estudar, mas o importante é que o estudante se sinta motivado e perceba que está aprendendo. “O melhor caminho para aprender pode ser identificado conjuntamente entre o estudante e o educador. Ambos devem conversar para definir qual é a medida ideal de leituras e exercícios, por exemplo, de acordo com a capacidade e a necessidade do aluno, sem exageros”, explica.
Fonte: Portal Beleza Revelada
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