Você já deve ter se questionado se o trabalho é que está entrando na sua vida pessoal ou se é a vida pessoal que está entrando no trabalho. Qual está invadindo o espaço do outro? Pensando bem, a vida não precisa estar segmentada assim, em áreas. Hoje, já se fala em levar a vida pessoal para o trabalho, não o contrário, como acontece há anos, gerando uma antipatia pelo trabalho invasor de lares. Fato é que quem gosta do que faz quer fazer na melhor hora. E aí se incluem desde os que têm pavor de trabalhar pela manhã até os que não fazem distinção entre dias de semana e fim de semana.
O que as empresas estão percebendo cada vez mais é que um funcionário realmente motivado rende mais. A busca é pela valorização do capital humano, lembrando que as pessoas tem vida pessoal sim, por mais redundante que isso seja. Saber administrar estes dois lados com maestria, trabalho e casa, merece crédito. E também merece uma chance, deve ser tentado.
As lideranças mais antenadas já perceberam esta demanda e investem na criação de um ambiente de trabalho que não tem cara de “trabalho”. A idéia é alcançar o mesmo nível de conforto e bem-estar que se tem em casa ou ainda melhor. Muitas agências de publicidade permitem que os animais de estimação de seus criativos circulem livremente entre as mesas de criação. O uso de luz natural, espaços de descompressão e ambientes mais ventilados também entram neste conceito. O escritório
está ficando mais descontraído, com cara de casa. É preciso imprimir uma personalidade ao seu ambiente de trabalho. Afinal, o escritório é um local de tomada de decisões e para isso ser feito da melhor forma possível, é preciso que você esteja lá 100% presente, de corpo e alma.
Em cada mudança de fluxos e formas de trabalhar, vamos nos desfazendo aos poucos das amarras do antigo padrão de escritório. Os espaços estão mais abertos e as horas liberadas. Ainda parece um pouco fora da realidade que vemos aqui no Brasil, mas não demora muito e você já nem vai mais sentir a pressão da escolha entre a vida pessoal e a profissional. De uma maneira gradativa, as duas vão acabar se mesclando. Se você estiver trabalhando no que sabe e gosta de fazer de verdade, será um duplo prazer.
Do contrário, não precisa nem dizer, não é?
Ronaldo Duschenes
Fonte: Rede Design Brasil
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