Uma pesquisa da assessoria de mercado Maxiquim, com metodologia do IBGE, apresentou os dados da evolução da reciclagem de PVC descartado no pós-consumo no País. Os números mostram que, de 2005 a 2007, houve um avanço de 13,7% para 17%. O faturamento subiu de R$ 94,7 milhões para R$ 124,4 milhões, um crescimento de 30,3%. O número de empresas também aumentou, de 90 para 136 (51,1%).
A capacidade de produção das indústrias de reciclagem de PVC no Brasil hoje em dia é de 70 mil toneladas anuais, mas o potencial de crescimento do setor é claro, já que, segundo a pesquisa, essas indústrias operam com apenas 75% da capacidade. Contudo, “este desenvolvimento está atrelado à intensificação da quantidade de sistemas de coleta seletiva de resíduos pós-consumo”, afirma o diretor-executivo do Instituto do PCV, Miguel Bahiense.
Dos mais de 5.000 municípios brasileiros, perto de 350 têm algum sistema de coleta seletiva. Das 25.122 toneladas recicladas em 2007, a região Sudeste foi responsável por 10.853, seguida de perto pela região Sul, com 10.851 toneladas. Desse total reciclado no Brasil em 2007, 86,3% (21.680 toneladas) vêm de origem no pós-consumo, enquanto a reciclagem industrial responde por apenas 13,7%.
São dois os tipos de PVC que podem ser reciclados: rígido e flexível. O PVC rígido registrou leve aumento, passando de 9,1% em 2005 para 9,3% em 2007, enquanto o PVC flexível variou um pouco mais, de 18,3% para 19,6% no mesmo período.
Essa diferença está diretamente relacionada à vida útil do PVC. O PVC flexível é mais usado em aplicações de médio e curto prazo, ou seja, chega mais rapidamente a uma empresa recicladora. Já o PCV rígido está mais associado a aplicações da construção civil (de vida longa).
Isso torna a quantidade reciclada baixa, porque 64% do PVC é utilizado justamente nessas aplicações de longa duração, como tubos e conexões, pisos, esquadrias e janelas, que duram mais de 15 anos. Cerca de 24% são aplicados em produtos que têm médio prazo de vida útil (entre 2 e 15 anos), e apenas 12% do PVC vão para aplicações de curta vida útil (de 0 a 2 anos)
Embora com um bom crescimento, ainda estamos um pouco abaixo da média de reciclagem mecânica de plásticos da União Européia, que em 2007 registrou 18,3%.
Fonte: Revista Reciclagem Moderna
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