Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não-Alcoólicas (ABIR), o volume de vendas acumulado nos últimos 11 anos pelo mercado de refrigerantes no país foi de 42%, embora nos últimos 5 anos esse crescimento tenha sido de apenas 12%. Vale ressaltar que o mercado brasileiro de refrigerantes é o terceiro maior do mundo com um consumo de 70 litros/ano por habitante, perdendo apenas para Estados Unidos e México. O setor movimentou R$ 21,73 bi somente no ano de 2006.
Em contrapartida, o consumo das chamadas bebidas prontas para beber, que engloba sucos, néctares, refrescos, bebidas à base de soja, chás, mate e água de coco, cresceram a taxas de 14% ao ano nos últimos 5 anos. O volume anual de vendas passou de 357 bilhões de litros em 2001 para 689 bilhões de litros em 2006. Nesse setor, o segmento de sucos é a principal preferência do consumidor, sendo responsável por 56,6% das vendas, ainda de acordo com dados da ABIR.
Quando comparados, os estados das regiões Sudeste e Nordeste, por exemplo, mostram disparidade no volume consumido, nas taxas de crescimento atuais e nas projeções para 2011. De acordo com essa tendência, as empresas que focarem o mercado nordestino terão, sem dúvidas, retorno positivo para os seus investimentos. O bom momento econômico brasileiro incentiva o povo nordestino ao consumo.
Usando como base o ano de 1998, a ABIR detectou uma taxa de penetração dos refrigerantes em 96% dos domicílios brasileiros. Já os sucos prontos para beber (PPB) atingem, segundo a entidade, 42%, e chás e mates PPB chegam a 4% dos lares. Voltando à relação de crescimento nos últimos anos, o ranking definido ficou com as bebidas à base de soja em primeiro lugar, seguidas pelos sucos PPB. Chás e mates ocuparam a quarta posição e os refrigerantes, que já atingiam uma parcela considerável da população, ficaram na sétima posição, o que reflete mais uma vez o crescimento no consumo dos não-gasosos.
A ABIR projeta para 2011 um aumento no consumo de refrigerantes e sucos, com maior alcance desses produtos entre as classes mais baixas.
Fonte: Revista Food Service News, nº 37, pág. 42
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