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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Natal aquece o mercado de chocolates e aguça paladar dos consumidores


Passada a comemoração da Páscoa, em abril, a próxima data fortemente voltada ao consumo de chocolates é certa: o Natal. O crescimento das vendas no segmento nesta época vem se acentuando consideravelmente no decorrer dos anos. Para dezembro, a estimativa é atingir 26,1 toneladas de produtos de chocolate de uso continuado (barras, bombons e tabletes) em vendas – o equivalente a um aumento de cerca de 10% em comparação à média dos demais meses do ano e 5% acima do mesmo período de 2007.

De acordo com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), os motivos para esse crescimento são as inovações da indústria brasileira, a redução da taxa de desemprego, a melhoria na distribuição de renda, a ampla oferta de novos produtos, a proliferação das butiques de chocolates e o esforço da indústria em aumentar a comercialização nos pontos-de-venda. “Em 2003, observamos uma retração no mercado, que se estendeu até 2005. Porém, de 2005 a 2007, tivemos um grande crescimento nas vendas, que se estabilizou em 2008 e atingiu patamares normais de consumo”, afirma o vice-presidente da área chocolate da Abicab, Maurício Weiand.

A média mensal de vendas de chocolate em 2008, na previsão atual, é de 23,8 mil toneladas, cerca de 4,8% maior que a de 2007 (22,7 mil toneladas). Neste ano, a produção de chocolate no País deve atingir 300 mil toneladas, o que equivale a um aumento de 2,7% em relação a 2007. “O mercado de chocolate cresceu 30% em três anos, uma taxa muito expressiva. Não podemos negar que o produto faz parte do dia-a-dia da população”, afirma o presidente da Abicab, Getúlio Ursulino Netto. Ainda segundo a associação, foram vendidas 78,5 mil toneladas no último trimestre de 2008, um aumento de 5% se comparado ao ano anterior.

Para atrair ainda mais os consumidores no final do ano, as indústrias do segmento focam-se no lançamento de produtos especiais de Natal, com formatos, embalagens e conceito diferenciados. Um dos carros-chefes da data é o panetone de chocolate, produto que já representa 40% do total de panetones produzido no País. “Observamos que o mercado de chocotones vem conquistando os consumidores brasileiros cada vez mais, e a perspectiva é de que ele cresça 8% este ano”, afirma Weiand. Acreditando nessa tendência, a Nestlé ingressa no segmento com uma linha especial, composta pelas versões Nestlé Classis, Alpino e tradicional. A Cacau Show e a Village também seguem o mesmo caminho, a partir do lançamento do Panettone Trufa de Maracujá e da nova linha 0% de Gordura Trans, respectivamente.

“Presentear as pessoas de que gostamos com chocolates é um hábito não só no Brasil, mas no mundo todo. Sem dúvida, é um produto que agrada a pessoas de todas as idades e bolsos”, reforça Netto. Segundo Weiand, a partir de 2008 a indústria unirá esforços para estimular o consumo de chocolates em outras épocas do ano. “Sabemos que chocolates são consumidos o ano inteiro, mas pretendemos aumentar suas vendas em outras épocas além da Páscoa e do Natal. Nosso objetivo é investir em duas datas: o Mês do Amor, composto pelo Dia das Mães e dos Namorados, e o Mês do Chocolate, escolhido como agosto, onde tentaremos estabelecer uma cultura de consumo do produto", adianta.

No total, foram produzidas 170 toneladas de panetones e 63 toneladas de chocolates em 2008, 31% a mais que em 2007. Os produtos das grandes indústrias do segmento podem ser encontrados em mais de 600 mil pontos-de-venda do País ou em lojas próprias de empresas de menor porte.

11 de novembro de 2008

Fonte: Portal da Propaganda

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