No acumulado de janeiro a julho deste ano, o desempenho das importações foi melhor que o da produção nacional em 18 de 20 setores da indústria. A comparação é com o mesmo período de 2010.
Em seis desses 18 segmentos, o volume importado cresceu enquanto a fabricação doméstica diminuiu. Os dados são de um cruzamento da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, com a série de volume importado da Funcex (Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior).
O principal fator que explica essa perda de espaço da indústria é a valorização do real perante o dólar. A moeda americana desvalorizou-se 9,65% de janeiro a julho de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado (a comparação não alcança a recente valorização do dólar). Esse movimento encarece o produto nacional, dificultando as exportações e barateia o importado, podendo tornar-se uma espécie de ameaça à produção do País.
As atividades que sentem os efeitos das importações vão da produção de metal à produção de alimentos e bebidas, do refino de petróleo e combustíveis à indústria química. Entre as indústrias em que há maior distanciamento entre o aumento da importação e a produção está a de mobiliário. As importações no setor cresceram 24,4% entre janeiro e julho de 2011 em comparação com o mesmo período de 2010, enquanto a produção local cresceu só 1,7%.
Fonte: SM
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