Marcar presença na internet é uma grande dificuldade da maioria das indústrias farmacêuticas, que dificilmente conseguem ir além de sites institucionais.
Quem mora em grandes cidades sabe o quanto o trânsito complicado pode provocar dor de cabeça. Atento a esse transtorno cotidiano, os executivos da marca Anador, do laboratório Boehringer Ingelheim, resolveram que essa seria uma boa causa para o remédio contra dores de cabeça promover.
"Em geral a indústria farmacêutica tem muita dificuldade em abraçar uma causa. Resolvemos, então, ir por essa linha", afirma Rodrigo Kurata, gerente do produto.
Foi a partir daí que a empresa criou o perfil "Carona de Amigo" no Facebook. Na página, são divulgadas dicas sobre trânsito e há um aplicativo para que as pessoas possam trocar caronas entre si.
"A estratégia daqui para frente é consolidar o digital. Queremos ampliar nossos projetos nessa área e nos apropriar desse meio", diz Kurata.
Além do "Carona", Anador - que completa 55 anos - tem uma página chamada "Patrulha Brasil", sobre pequenas dores de cabeça geradas pelas redes sociais. "Com esse projeto a ideia é criar algo mais ‘viral'", afirma o executivo.
Marcar presença na internet é uma grande dificuldade da maioria das indústrias farmacêuticas, que dificilmente conseguem ir além de sites institucionais.
A regulação rigorosa da publicidade de medicamentos é o principal desestímulo. Daí a opção de Anador de investir mais no humor e na prestação de serviços do que na divulgação do produto em si.
"Temos o desafio de mostrar ao consumidor que a marca é tradicional e confiável, mas que evoluiu junto com ele", diz Kurata.
Como resultado das escolhas acertadas de mídia, o executivo aponta o crescimento de 21% das vendas do medicamento em 2011, acima dos 12% registrados pelo mercado.
Fonte: Brasil Econômico
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