Produtos estimulam a interação entre pais e filhos.
Os tradicionais carrinhos de madeira e os kits de música são destaques no mercado de brinquedos educativos. Empresários investem no segmento e apostam em produtos lúdicos. Eles agradam os pais e conquistam o público infantil.
Roberta Landmann largou a carreira de publicitária para montar uma loja virtual de brinquedos educativos. O diferencial deles é que estimulam a interação entre pais e filhos.
A empresária investiu R$ 20 mil para fazer a loja virtual. E economizou o quanto foi possível.
Para concorrer, ela tem um cuidado especial com os custos. Trabalha em casa: o escritório é uma mesa de computador. Não gasta com transporte, nem com estacionamento. Além disso, faz parcerias para diminuir o investimento inicial.
“Ao invés de contratar pessoas para desenvolver os kits, eu fiz parceria com musicistas e escritores que não ganharam valor inicial para desenvolver os produtos, mas que participam nos lucros das vendas desses produtos”, explica. “Dessa forma, a gente consegue ter um investimento inicial baixo, e também uma motivação para vender e tocar a empresa para frente.”
A empresa de Roberta atende a 60 pedidos por mês. Por enquanto, só consumidor final. Mas ela já pensa mais longe. “A gente pretende expandir o portfólio de produtos, novos produtos para a marca. (...) Fazer parcerias para que eles cheguem em redes e lojas físicas também.”
E o mercado de brinquedos pode ser uma boa opção de negócio para quem quer investir. O setor tem 35 mil pontos de venda no Brasil e fatura R$ 7 bilhões por ano. O segmento de educativos representa 15% do mercado.
Em um mundo de computadores, videogames e eletrônicos, o empresário Mauro de Oliveira apostou em brinquedos iguais aos do vovô. Cavalinho, casinha, carrinho – tudo de madeira.
O tipo de produto está vendendo cada vez mais. Para você ter uma ideia, o empresário começou em um espaço pequeno e, dois anos depois, anexou a casa vizinha ao negócio. O segmento está atraindo os pais modernos. Eles encontram brinquedos projetados para estimular a habilidade dos filhos.
Oliveira investiu R$ 40 mil no negócio em 2001. Ele tem 4 mil brinquedos. São bonecos, letras, números, figuras para encaixe, sons. O diferencial é que eles incentivam as crianças a assumir um papel ativo nas brincadeiras.
Até 1990, existiam seis lojas de brinquedos educativos no Estado de São Paulo. Hoje, são mais de 100. A informação é do diretor da Associação Brasileira de Brinquedos Educativos, Altino Ito.
“Brinquedo faz parte do dia a dia da educação da criança. Por conta disso, está sendo preferido em vez de dar coisa assim, digamos, supérfluas ou que não tenham mais consequências”, diz.
A divulgação bem feita está na base do sucesso nesse segmento, garante o empresário. Ele descobriu um marketing poderoso.
“Nós fazemos os congressos de educação, pisocopedagogia e fonoaudiologia... Contatos com profissionais da área de educação fizeram com que, nos últimos dois anos (...), a gente conseguisse dobrar o nosso faturamento”, revela.
A loja vende 500 brinquedos por mês. O mais barato é o pião: R$ 5. O mais caro, o piano: R$ 500. O campeão de vendas é um baralho desenvolvido pelo próprio empresário.
O mercado já está aberto. Quem quiser se aventurar e abrir o primeiro negócio pode começar a trabalhar com poucas peças e investir um pequeno capital. O empresário tem mais de 100 fornecedores espalhados pelo país – quase todos pequenos artesãos. Todo ano, ele viaja em busca de novos brinquedos.
“A gente quer trazer muita coisa de fora, muita coisa bacana que pode ser trazida para cá agora, e também no segundo semestre ou começo do ano que vem a gente pensa em abrir nossa segunda loja, acho que agora vale”, afirma.
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