O fabricante que tiver interesse em participar do pregão eletrônico tem uma boa chance, na próxima terça-feira, de tirar suas dúvidas e começar a se preparar
Fabricantes de brinquedos educativos para crianças de zero a seis anos estão sem tempo para brincadeira. O MEC (Ministério da Educação) vai publicar, ainda neste ano, edital de licitação para adquirir cerca de 9 milhões de brinquedos pedagógicos. São bolas, petecas, jogos de memória, fantoches e bonecas que serão distribuídos em creches de todo o país.
O fabricante que tiver interesse em participar do pregão eletrônico tem uma boa chance, na próxima terça-feira, de tirar suas dúvidas e começar a se preparar. A Abrin (Feira Brasileira de Brinquedos), que acontece entre os dias 9 e 12 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo, vai oferecer três seminários sobre brinquedos educativos, todos no dia 10 de abril.
José Carlos de Freitas, presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC responsável pelos pregões, explicará as compras que serão feitas pelo governo. Já a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC, Rita Coelho, vai tratar dos tipos de brinquedos específicos para uso na educação. A programação ainda conta com a professora Maria Carmen Silveira Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que abordará a importância do ato de brincar para o desenvolvimento cognitivo das crianças.
As palestras são gratuitas e abertas a todos os visitantes da feira, destinada aos profissionais do setor. "O brinquedo exigido pelo governo não é o mesmo [que é vendido] da loja. Adaptações serão necessárias", orienta Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
No site do FNDE (www.fnde.gov.br) é possível obter uma lista detalhada com os 84 tipos de brinquedos que serão comprados. Eles estão separados em 24 lotes - o fabricante precisa produzir e oferecer todos os itens de um único lote. A lista informa ainda o material do brinquedo e o tipo de embalagem. Além de atender a essas demandas, o fabricante interessado em participar do pregão precisa se cadastrar no site Comprasnet (www.comprasnet.gov.br) e ter o seu brinquedo certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Caso o fabricante tenha condições de cumprir com as normas de seguranças exigidas pelo Inmetro, a certificação pode sair em cerca de 45 dias, segundo Gustavo Kuster, chefe da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do órgão. O MEC confirmou que o edital do pregão será publicado neste ano, mas não soube informar a data exata.
EXIGÊNCIAS
Apesar do impulso que a compra governamental dará ao segmento de brinquedos educativos, fabricantes de pequeno e médio porte podem ter dificuldade em participar da concorrência. Para Ewerton Romano, gerente nacional de vendas da ABC Brinquedos, empresa que começou a fabricar brinquedos artesanalmente em 1989, o mais complicado é acumular estoque suficiente para a grande quantidade de itens exigidos. No grupo referente a bonecas, por exemplo, o MEC quer comprar 1,2 milhão de produtos. "Só grandes empresas conseguem ter essa produção".
"O MEC deveria fazer pregões regionalizados -ou divididos por Estado- para que pequenos e médios fabricantes possam participar", afirma o diretor de uma fabricante de médio porte que prefere não se identificar. "Nós produzimos exatamente os brinquedos desejados pelo MEC, mas não temos capacidade para atender a demanda", lamenta. Ele também sugere que o MEC promova leilões por itens, e não por lotes.
Porém, para Batista da Costa, presidente da associação, o pregão do MEC demonstra que o poder público está começando a valorizar o brinquedo como ferramenta pedagógica e espera, agora, que prefeituras façam o mesmo. "O segmento de brinquedos educativos está crescendo muito e passará a representar, nos próximos cinco anos, 5% do total do faturamento do setor", afirma.
A indústria brasileira de brinquedos é formada por 440 fábricas e 250 importadores, que geram mais de 21 mil empregos diretos. O setor, neste ano, deve registrar faturamento de cerca de R$ 6,4 bilhões, valor 9% maior que no ano passado. A feira deverá responder por 30% do faturamento de todo o ano, movimentando cerca de R$ 2 bilhões em negócios imediatos ou futuros.
Fonte: Mídia News
O fabricante que tiver interesse em participar do pregão eletrônico tem uma boa chance, na próxima terça-feira, de tirar suas dúvidas e começar a se preparar. A Abrin (Feira Brasileira de Brinquedos), que acontece entre os dias 9 e 12 de abril no Expo Center Norte, em São Paulo, vai oferecer três seminários sobre brinquedos educativos, todos no dia 10 de abril.
José Carlos de Freitas, presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão do MEC responsável pelos pregões, explicará as compras que serão feitas pelo governo. Já a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do MEC, Rita Coelho, vai tratar dos tipos de brinquedos específicos para uso na educação. A programação ainda conta com a professora Maria Carmen Silveira Barbosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que abordará a importância do ato de brincar para o desenvolvimento cognitivo das crianças.
As palestras são gratuitas e abertas a todos os visitantes da feira, destinada aos profissionais do setor. "O brinquedo exigido pelo governo não é o mesmo [que é vendido] da loja. Adaptações serão necessárias", orienta Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
No site do FNDE (www.fnde.gov.br) é possível obter uma lista detalhada com os 84 tipos de brinquedos que serão comprados. Eles estão separados em 24 lotes - o fabricante precisa produzir e oferecer todos os itens de um único lote. A lista informa ainda o material do brinquedo e o tipo de embalagem. Além de atender a essas demandas, o fabricante interessado em participar do pregão precisa se cadastrar no site Comprasnet (www.comprasnet.gov.br) e ter o seu brinquedo certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Caso o fabricante tenha condições de cumprir com as normas de seguranças exigidas pelo Inmetro, a certificação pode sair em cerca de 45 dias, segundo Gustavo Kuster, chefe da Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade do órgão. O MEC confirmou que o edital do pregão será publicado neste ano, mas não soube informar a data exata.
EXIGÊNCIAS
Apesar do impulso que a compra governamental dará ao segmento de brinquedos educativos, fabricantes de pequeno e médio porte podem ter dificuldade em participar da concorrência. Para Ewerton Romano, gerente nacional de vendas da ABC Brinquedos, empresa que começou a fabricar brinquedos artesanalmente em 1989, o mais complicado é acumular estoque suficiente para a grande quantidade de itens exigidos. No grupo referente a bonecas, por exemplo, o MEC quer comprar 1,2 milhão de produtos. "Só grandes empresas conseguem ter essa produção".
"O MEC deveria fazer pregões regionalizados -ou divididos por Estado- para que pequenos e médios fabricantes possam participar", afirma o diretor de uma fabricante de médio porte que prefere não se identificar. "Nós produzimos exatamente os brinquedos desejados pelo MEC, mas não temos capacidade para atender a demanda", lamenta. Ele também sugere que o MEC promova leilões por itens, e não por lotes.
Porém, para Batista da Costa, presidente da associação, o pregão do MEC demonstra que o poder público está começando a valorizar o brinquedo como ferramenta pedagógica e espera, agora, que prefeituras façam o mesmo. "O segmento de brinquedos educativos está crescendo muito e passará a representar, nos próximos cinco anos, 5% do total do faturamento do setor", afirma.
A indústria brasileira de brinquedos é formada por 440 fábricas e 250 importadores, que geram mais de 21 mil empregos diretos. O setor, neste ano, deve registrar faturamento de cerca de R$ 6,4 bilhões, valor 9% maior que no ano passado. A feira deverá responder por 30% do faturamento de todo o ano, movimentando cerca de R$ 2 bilhões em negócios imediatos ou futuros.
Fonte: Mídia News
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