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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Internet das coisas fará emergir a inteligência dos objetos

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A “internet das coisas” é um dos temas mais discutidos para uma nova era na web, conectando objetos com objetos. Mas qual a utilidade disso? Para o professor da USP e único membro sul-americano do projeto financiado pela Comissão Européia para estudar o assunto, José Roberto de Almeida Amazonas, essa tecnologia pode fazer “emergir a inteligência dos objetos”.

Ele cita como exemplo o armazenamento de barris que guardam produtos químicos. “Se somente oito desses barris podem ser armazenados em algum local com segurança, e por algum erro houver 10 deles, os próprios barris podem formar uma rede e dar o alarme sobre os riscos. Isso pode ser feito pelos próprios objetos”, explica.

Para o professor, a internet como conhecemos hoje é interação com o mundo virtual, baseada na navegação em páginas hospedadas em servidores pelo mundo. Já a internet das coisas é a “extensão do mundo virtual para o mundo real, uma representação do objeto físico no mundo virtual”, explicou durante a Campus Party, em São Paulo.

“As aplicações da internet das coisas são limitadas somente pela nossa imaginação”, afirmou Amazonas. Segundo ele, o Japão está extremamente avançado nas aplicações da tecnologia, como a rastreabilidade de alimentos – que fornecem informações sobre vendas para fabricantes e origem para o consumidor – e a interação entre pessoas e lugares. Um dos exemplos é a interação entre marcações eletrônicas nas ruas a cada três metros e uma bengala inteligente. “O deficiente visual informa onde quer ir e a bengala indica. Oferece autonomia”, afirma.

Outros países que estão avançados na pesquisa são a Malásia, que planeja a automação do sistema hospitalar, e a Coreia do Sul, que tem um programa nacional para internet das coisas. A China tem na internet das coisas uma prioridade de governo, segundo o professor, e criou uma cidade para desenvolver a tecnologia. “A automação hospitalar pode monitorar desde o comportamento do médico aos sinais vitais dos pacientes e pode prevenir o erro médico”, afirmou.

Segurança e privacidade
De acordo com Amazonas, objetos conectados e fazendo supervisão automática de ambientes, por exemplo, causam temor nas pessoas. “Elas acham que é a tecnologia do Big Brother.” Para ele, por outro lado, a internet das coisas “não torna o mundo pior do que é hoje”

“Precisamos olhar a realidade que vivemos hoje em segurança e privacidade”, afirmou. “São coisas fundamentais, existem sim possibilidades de ataques, mas mas nada maior do que vivenciamos atualmente”, encerrou.

Fonte: Inovação & Marketing

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