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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Design NÃO Universal

Como ficam os cegos na era do touchscreen?

No dia 8 de Janeiro, no Reuters, saiu uma matéria aonde pessoas discutem o fato da nova geração de celulares não ser usável por pessoas portadoras de deficiências visuais, pessoas que necessitam de instruções para utilizar aparelhos eletrônicos, pois não conseguem reter informações visuais dos aparelhos que carregam ou os que possuem em suas casas.

Eu acho sim plausível esta discussão. Nos meus mais de 10 anos me relacionando com gadgets diretos e indiretos a internet, A questão “acessibilidade”, sempre foi algo debatido e respeitado. Creio que devemos nos preocupar com todas as pessoas, não importa aonde ela esteja, como ela esteja acessando a informação e suas capacidades físicas.

Mas quando li o artigo, me veio algumas perguntas: Será mesmo necessário, adequar as novas gerações de aparelhos para deficientes visuais, uma vez que os mesmos já compram algo mais limitado e especifico? Ou Será que esta nova geração de aparelhos celulares agrada eles?. É possível desenvolver um aparelho touch-creen totalmente acessível e usável por tais pessoas?

Hoje em dia as informações são dinâmicas, à cada hora, são lançado muitos aplicativos, grande parte desenvolvido de maneira colaborativa, e sempre são colocados de mandeiras diferentes nas telas. Acho que é necessário muita informação e muita cultura prévia nestes tipos de interfaces para se manusear perfeitamente um aparelho destes.

A questão é, será possível “controlar” um ambiente colaborativo, aplicar regras de qualidade neste ambiente que realmente faça o ambiente funcionar para estas pessoas?

Não estou aqui para responder estas perguntas, apenas para abordar, confesso que já trabalhei muito com usabilidade em algumas interfaces e confesso que as vezes a criação se torna meio limitada, e acontece de algumas pessoas não saber interpretar e acabar atacando pedras.

Por que um portador de deficiência visual iria querer comprar um aparelho touch-screen já que a grande graça no negócio é a experiência visual?

por Jonas Rafael Rossatto

Fonte: design.com.br

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