Combinando bolsa de bioplástico e corpo de polpa celulósica, inovação britânica promete imagem “verde” a leites e outras bebidas
Por fora, uma garrafa, de polpa moldada parecida com aquela empregada em caixas de ovos, originada da reciclagem de papel sulfite utilizado em escritórios. Por dentro, uma bolsa biodegradável, confeccionada com PLA (ácido polilactídeo), plástico derivado do milho, fonte natural renovável. Tal combinação, intitulada GreenBottle, promete a bebidas e alimentos pastosos uma apresentação mais amigável ao ambiente – uma “garrafa verde”, como propõe pelo nome. Criada pelo inglês Martin Myerscough, a inovação ganhou a simpatia da ASDA, importante rede varejista britânica controlada pelo Wal-Mart, que lhe acaba de abrir espaço em algumas lojas como embalagem de leite, produzido pelo laticínio Marybelle.
A GreenBottle é somente apropriada para leites de rápido consumo – até quatro dias – e depende de distribuição refrigerada. Para despejar o conteúdo, é preciso romper um prolongamento da bolsa plástica aparente no topo da garrafa, que faz as vezes de gargalo. O corpo de polpa dispõe de uma alça e, segundo Myerscough, tem formato conveniente para o armazenamento na geladeira. “A GreenBottle é adaptável às linhas convencionais de envasamento de garrafas plásticas”, diz o inventor.
No que diz respeito à destinação pós-consumo, o corpo de polpa celulósica moldada pode ser novamente reciclado ou compostado (transformado em adubo). A bolsa plástica de PLA, que fica em contato com o leite, se desintegra em seis semanas em ambiente de compostagem ou quando descartada na natureza.
O apadrinhamento pela ASDA pode ser visto como um contragolpe às recentes iniciativas das rivais Sainsbury’s e Tesco, que lançaram leites acondicionados em saquinhos de polietileno apontando-os como opção ecologicamente mais correta (veja reportagem na edição anterior de EmbalagemMarca).
Fonte: Revista EmbalagemMarca 108
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