No Brasil, 69% das pessoas disseram usar web para achar liquidações.
73% dos entrevistados compartilha o que assiste na TV.
De alergias a comidas preferidas e endereços residenciais, consumidores de todo o mundo parecem cada vez mais dispostos a revelar informações pessoais aos seus grupos favoritos de varejo, em busca de uma experiência de consumo mais personalizada e eficiente, afirma pesquisa da IBM com mais de 28 mil pessoas, em 15 países.
Isso é boa notícia para o varejo de ambos os lados do Atlântico, que busca maneiras de atingir o público-alvo correto de consumidores com novos produtos.
"As pessoas se dispõem a oferecer informações se a percepção for de que isso as beneficia", disse Jill Puleri, diretora mundial de varejo na divisão de serviços mundiais da IBM. "O benefício não precisa ser monetário."
Embora consumidores de todo o mundo ainda tenham reservas sobre revelar detalhes financeiros, a exemplo de seus salários, se preocupam menos sobre divulgar outras informações privadas.
Cerca de três quartos das pessoas pesquisadas se declararam dispostas a revelar informações sobre seu uso de mídia, por exemplo, que programas de TV assistem; enquanto 73% delas não viam problemas em revelar informações pessoais tais como suas origens étnicas.
Cerca de 61% das pessoas se sentem confortáveis em divulgar nome e endereço a varejistas, e 59% delas não veem problemas em revelar informações de estilo de vida, por exemplo, se tinham mais de um carro, se tiveram um filho ou se mudaram para uma casa nova recentemente.
"São coisas que vejo como muito importantes para uma empresa de varejo", disse Puleri, acrescentando que a mudança no comportamento do consumidor é "fenomenal".
"Nossa impressão sempre havia sido a de que os consumidores resguardam fortemente as suas informações pessoais", disse Puleri à Reuters.
Mais da metade dos pesquisados disseram estarem dispostos a revelar sua localização exata e informações correlatas, na esperança de uma experiência de compras mais personalizada e inteligente.
Os compradores de mercados emergentes como Argentina, Colômbia, Brasil, México, Chile, África do Sul e China se mostram mais propensos a oferecer informações, ante os consumidores da Europa, Austrália, Japão e Estados Unidos, disse Puleri.
Uma conclusão que vale para consumidores de todo o mundo é seu amor pela pechincha. Cerca de 53% dos pesquisados disseram buscar itens em liquidação, e a tendência não se limita aos mercados desenvolvidos. No Brasil, 69% dos entrevistados fazem isso.
Fonte: G1
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