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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O inesperado sucesso da Microsoft no quesito design

Novo Windows Phone é sucesso de crítica, mas ainda precisa conquistar os consumidores

"Magnífico", festeja o The Huffington Post. "O melhor sistema operacional de smartphone do setor", elogia a Slate. "Muitíssimo superior a muitos, talvez todos, os smartphones Android", emenda o TechCrunch.

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Parece a bajulação a algum aparelho da Apple. No entanto, os críticos estão falando de uma novidade da Microsoft. Gigante há tempos ridicularizada como "tia velha" da tecnologia, a empresa parecer estar voltando ao sucesso, pelo menos de crítica, com o Windows Phone. Agora a Microsoft espera - e precisa - que elogios se transformem em vendas.

Embora os produtos Windows e Office estejam por toda parte e propiciem enormes lucros, eles hoje são tão inspiradores quanto um grampeador. Enquanto o pessoal da Apple conquistou nossa imaginação com produtos como o iPhone, a Microsoft produziu uma longa lista de fracassos, como os relógios de pulso inteligentes e os reprodutores de música Zune. Steve Jobs até costumava dizer que a Microsoft carece de originalidade. A companhia, dizia, não revelava "muita cultura" nos produtos.

Com o Windows Phone, a Microsoft parece mudar o jogo. "Sou um fã incondicional da Apple, fiquei na fila para comprar um iPhone", diz Axel Roesler, professor assistente de design de interação na Universidade de Washington. "Mas o Windows Phone surpreendeu-me como algo bem diferente."

O Windows Phone certamente se destaca pelo visual. Tem uma tipografia ousada e um mosaico de tijolinhos na tela inicial, nitidamente diferente da grade de ícones popularizada pelo iPhone. Enquanto muitos telefones obrigam os usuários a abrir aplicativos independentes para acessar as redes sociais, o Facebook e o Twitter já estão instalados no Windows Phone. Os tijolinhos ganham vida quando amigos ou familiares postam novas fotos, enviam mensagens de texto ou atualizam seu status.

Vendas. Ainda assim, relativamente poucos consumidores foram atraídos e as vendas foram medíocres. Um grande problema é que, inicialmente, os telefones que rodam o software da Microsoft, fabricados por empresas como HTC e Samsung, não eram muito excepcionais. E, mais importante, as operadoras de telefonia sem fio, que controlam o acesso dos celulares, não insistiram muito na venda dos telefones Windows em suas lojas. Muitas promovem o iPhone e aparelhos que rodam o sistema operacional Android, do Google.

A Microsoft espera virar o jogo com uma parceria com a finlandesa Nokia - que, ao contrário de suas concorrentes, não fabrica telefones Android. A empresa lançou um Windows Phone chamado Lumia 900. "Estamos trabalhando ao máximo pelo Windows", diz Stephen Elop, diretor executivo da Nokia.

Embora o veredicto dos consumidores seja desconhecido, o grupo que desenvolveu o Windows Phone tirou a empresa da zona de conforto, influenciando outros produtos de consumo. A próxima versão do Windows 8 será parecida com o Windows Phone. Um novo software, também inspirado no Windows Phone, será agregado ao Xbox - um dos raros sucessos atuais da companhia.

Fonte: Estadão

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