No começo de janeiro, os tablets invadiram a Consumer Electronic Show, em Las Vegas, maior feira de eletrônicos do mundo. Dell, Lenovo, Compal, Motorola, d'Archos, Joojoo mostraram seus produtos lá. A enxurrada de novos produtos foi tão intensa que até roubou o glamour da apresentação de Steve Ballmer, CEO da Microsoft. Quando subiu ao palco para apresentar o tablet da HP com Windows 7, ninguém se surpreendeu.
O interesse em massa das empresas por esses computadores, uma categoria entre o smartphone e os netbooks, sinaliza para 2010 uma nova batalha no mercado de PCs. E tudo indica que ela ganhará ainda mais força quando a Apple lançar o seu produto na quartafeira 27. Mais uma vez, espera-se que o toque mágico de Steve Jobs surpreenda a todos com um equipamento revolucionário.
Trazer ao mercado computadores cada vez mais portáteis se tornou uma obsessão entre as fabricantes. Primeiro vieram os notebooks ultrafinos. Depois, os netbooks. Os novos equipamentos apresentados recentemente indicam o surgimento de uma nova tendência, a de portáteis com tela sensível ao toque.
Os tablets têm, em média, visores de dez polegadas. Possuem as mesmas ferramentas de um computador portátil, mas podem ser usados como leitores eletrônicos e até telefones. Alguns já sairão da fábrica com sistemas operacionais móveis, como o Android, do Google.
A média de preço deve ficar em torno de US$ 700 - os netbook saem por US$ 200. "A diferença de preço é estratégica para que uma categoria não canibalize a outra", afirma Jose Martim Juacida Jr., analista da consultoria de tecnologia IDC. O mercado ainda não está certo sobre o sucesso dos tablets. Mas, se depender do entusiasmo das fabricantes, os novos computadores portáteis chegaram para ficar. "O interesse dos formadores de opinião demonstram que ele irá para frente", acredita Juacida.
Acompanhar a evolução do segmento é um passo natural para as fabricantes de PCs. Mas algumas companhias têm um motivo a mais para apostar nessa categoria. A Microsoft vê nos tablets uma vitrine para seu novo sistema operacional, o Windows 7. Para o Google, ela representa a extensão do uso de seu sistema para smartphones, o Android. E para a Apple? Diferente de outras fabricantes, a empresa de Steve Jobs nunca acreditou nos netbooks. No entanto, a companhia tem um interesse especial pelos tablets.
Com o equipamento, Steve Jobs espera revolucionar a indústria de livros, jornais e de televisão, assim como fez com o segmento de música, ao lançar o iPod. De acordo com o jornal econômico Wall Street Journal, a Apple conversa com várias empresas do setor de mídia para fornecer conteúdo ao produto. Entre elas, estão as editoras do The New York Times, a Condé Nast e a HarperCollins, as redes de tevê CBS e Walt Disney e até empresas de videogame, como a Electronics Arts.
Impulsionado pelo possível desempenho da Apple, a consultoria Thomas Weisel Partners estima que o mercado geral de tablets em 2010 possa chegar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 5,3 bilhões. Em 2014, a expectativa é que atinja a marca de US$ 30 bilhões. Será que Jobs vai conseguir, de novo, lançar mais um produto revolucionário?
Fonte: istoedinheiro
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