Novo aparelho desenvolvido em universidade americana dá instruções do GPS por meio de um sensor colocado nos dedos.
Puxando a pele do indicador para esquerda ou direita, o dispositivo poderia ajudar motoristas com problemas de audição a dirigirem de forma mais segura.
Para os pesquisadores da Universidade de Utah, responsáveis pelo estudo, o sistema seria uma nova maneira de dar informação. O professor William Provancher liderou a equipe que testou o aparelho com motoristas falando ao celular.
O resultado, embora não vise encorajar o uso de telefones ao volante, mostra que o tato pode ajudar em situações nas quais outros sentidos estão sendo mais empregados – como a visão e a audição.
Isso porque as pessoas têm uma capacidade limitada de processar informações. Em tese, se você fornecer informação por diferentes canais, você fornece mais informação total. Assim, o tato seria um bom caminho de informar o cérebro sobre algo, já que a visão e a audição, por exemplo, já recebem muito estímulo dentro de um carro – com buzinas, luzes..
Em um estudo feito dentro de um simulador, dois dos aparelhos criados foram colocados na direção, ficando em contato com o dedo indicador de cada mão dos voluntários. Quando era necessário virar à direita, por exemplo, a pele dos dois dedos era levemente puxada para este lado.
Dezenove estudantes (seis mulheres e 13 homens) participaram do estudo. Quatro cenários foram projetados, cada um durando seis minutos. Todos incluíam, em ordem aleatória, 12 instruções para virar para a direita e 12 para a esquerda. Em dois desses cenários, as pessoas não estavam ao telefone celular, sendo que em cada um deles as instruções foram passada por um meio diferente: voz ou toque. O mesmo aconteceu nos outros dois cenários, com a diferença que os motoristas estavam ao celular.
Toso os participantes fizeram os 4 cenários. Nos dois cenários sem telefone, o nível de acerto de quem recebeu instruções via voz (97,6%) foi quase idêntico ao de quem recebeu via toque (97,2%). Mas quando o telefone estava presente, as direções de navegação dadas pelas pontas dos dedos permitiram 98% de acerto, contra 74% via voz.
Os pesquisadores ressaltam que as descobertas não deveriam ser usada para encorajar o uso de celulares ao volante pois, mesmo que ajude a receber instruções, não impede que a conversa distraia o motorista de outros pontos importantes (como luzes, pedestres, etc.). O estudo só comprovou que, por meio do tato, é possível transmitir de forma bastante precisa esse tipo de informação.
O aparelho, que já foi patenteado, também pode ajudar deficientes visuais a receberem orientações via toque por meio de seus bastões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário