Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina, explica em sete respostas
Alexandre Hohagen: “Comportamento das pessoas não mudou, o que mudou foram as ferramentas"
A beleza de uma noiva está nos detalhes. Juntos, o vestido, o penteado e o bouquet compõem a personagem principal de uma tradição secular. A noiva da vez entre as estratégias de marketing das empresas é o Facebook. O maior desafio das companhias é levá-la ao altar de forma incomparável e fazer com que os noivos sejam felizes para sempre. Do namoro até o beijo do sim, o caminho é longo.Funciona assim também para desenvolver uma estratégia vencedora utilizando a rede social apontada como o segundo Deus da internet mundial, tão ou até mais onisciente e onipresente que o Google.
A maioria das marcas no Brasil ainda namora o Facebook à moda antiga. Flertam de longe. Poucos seguram a mão sentada no banco da praça. Algumas conseguem o tão esperado beijo. O que fazer para avançar algumas décadas e partir para, digamos, uma pegada mais forte?
Escalamos Alexandre Hohagen como cupido. O vice-presidente do Facebook na América Latina acredita numa fórmula do amor: colocar as pessoas no centro da estratégia, pensar no conteúdo e só depois na ferramenta.
“O comportamento das pessoas não mudou”, afirmou em sua apresentação no Digital Age, na última semana. “O que mudou foram as ferramentas. Continuo perguntando para os meus amigos, indicando e comentando sobre um bom restaurante”, explica.
Leia abaixo a entrevista:
Quando o novo formato do Facebook estará disponível para o Brasil e o que muda para as marcas que estão na rede social?
Alexandre Hohagen - Não tem uma data específica. Estamos abrindo e lançando aos poucos. O mais importante é a possibilidade de ter novos plugins sociais.
As empresas poderão criar alguns botões com ações como, por exemplo, “assisti a um vídeo”, “ouvi uma música”, “fui a um restaurante”, entre outros. Isso vai possibilitar conectar mais as pessoas naquilo que elas estão fazendo. Hoje só tem o botão de Like que representa tudo.
Está havendo uma corrida das marcas ao Facebook. O que as empresas devem fazer para apresentar um bom trabalho?
Alexandre Hohagen - Historicamente, a internet é feita por algumas ondas. Foi assim quando surgiram os portais e os buscadores e muitas empresas acabam entrando só por entrar.
Em 2000, um monte de empresa montou o seu e-commerce sem ter uma estratégia por trás. A tendência é que, daqui para frente, as empresas comecem a pensar na estratégia colocando as pessoas no centro. Simplesmente colocar uma fan page no ar não é pensar em rede social, que pensa em atrair pessoas para comprarem seus produtos.
A ferramenta é um meio, não um fim.
Alexandre Hohagen - O comportamento das pessoas não mudou. A tecnologia e as ferramentas é que possibilitam uma melhor interação.
Quais modelos de estratégia trazem mais resultado no Facebook?
Alexandre Hohagen - A partir do momento que você tem uma fan page, você tem que atrair as pessoas para que elas possam se transformar em fãns desta marca. E aí você tem a propaganda tradicional por CPM ou CPC para levar estas pessoas à marca. A propaganda, em geral, dá muito resultado.
Como as pessoas têm reagido à propaganda no Facebook?
Alexandre Hohagen - Temos uma preocupação muito grande para que a propaganda não seja invasiva e intrusiva. Estamos sempre tentando contextualizar esta propaganda de maneira que o usuário não se assuste com o que está dentro da rede.
O usuário reage bem e a prova disso é o tanto que estamos crescendo e as marcas que estão crescendo do jeito que estão. Temos marcas que já passaram de um milhão de fãs no Brasil, um número muito grande, como o Guaraná Antarctica e a L’Oreal .
Como as empresas devem pensar para poder inovar nas redes sociais?
Alexandre Hohagen - Elas devem pensar colocando as pessoas no centro da estratégia de tudo. Como elas podem fazer para que seja muito fácil e rápido compartilhar informações importantes para os seus amigos e sempre considerar que as pessoas têm uma capacidade de viralização muito grande.
O Facebook é indicado para gerar mais awareness, relacionamento ou venda?
Alexandre Hohagen - Acho que os três. O Facebook tem cada vez mais refletido a nossa experiência no dia a dia. O Facebook é uma base de relacionamento. Só que hoje você não faz mais awareness só com publicidade. Você faz awareness através das indicações e recomendações de amigos.
Fonte: Exame
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