Nesse sábado rola o MCD LAB#3: Fake Sunset em Belo Horizonte! O artista Lucas Torres fará uma pintura site specific. Batemos um papo com o Lucas para saber mais sobre seu trabalho e suas influências que vieram da Califórnia. Confira abaixo e confirme presença no evento de BH aqui.
Quais elementos formaram a primeira idéia da California na sua cabeça?
As grandes cidades, skate, surf, estilo de vida, as roupas, tatuagem, rua, a lenda Jay Adams, foram as primeiras idéias que passei para o papel.
Como é sua relação hoje com esse imaginário da Califórnia? Você já foi pra lá ou pretende ir? Se sim, como foi a experiência?
Hoje faço uns rolês de skate e curto tinta em geral; é o estilo de vida que nasceu na Califórnia, então acredito que é importante ter um contato direto. Não fui ainda para a California, tenho muita vontade de conhece-la um dia.
Qual a sua experiência com a técnica da serigrafia?
Conheço o processo de produção. Já fiz alguns prints, gravuras, e camisetas com o meu trabalho.
Você segue a cena artística da Bay Area? Como é esse contato?
Tem os artistas específicos que acompanho por blog, internet. Curto street art e grafitti em geral, os mais conhecidos são o REVOK, SABER, da crew MSK, o tatuador Mr. Cartoon. Conheci o Jeremy Fish em São Paulo, até então não conhecia o trabalho dele. E tenho um print do David Flores, o O’l Dirty Barstard.
Como foi a questão de resolver o dégrade e orientação horizontal do seu trabalho?
Foi simples resolver o dégrade depois que o desenho estava pronto. A composição da imagem e equilíbrio, não tive dúvida com as cores. Fica evidente onde funciona o dégrade.
Nessa troca de influência entre o Brasil e a Califórnia, o que você acha que é exclusivo de cada cultura e impossível de levar para a outra?
A cultura da Califórnia e do Brasil são parecidas, acho que o clima tropical acaba influenciando a cultura em geral. O que é impossivel de levar, imagino que seja o folclore e as tradições.
A Califórnia remete uma época especifica para você? Por quê?
Os anos 90 me influenciaram. Aos 15 anos comecei a trabalhar em uma loja de skate, e minha cabeça abriu pra esse lado: cultura da rua, skate. A Califórnia era uma tendência. Assistia muitos vídeos e muitas linhas eram filmadas lá, em Venice Beach. Eu era adolescente e essa época ficou na memória, então acho que a Califórnia acabou influenciando a minha vida diretamente.
Quais as influências meramente brasileiras que você identifica no seu trabalho? Como você acha que elas se misturam com as externas?
Cada época tenho diferentes influências, tem muito a ver com o que vou conhecendo. Quando comecei a pintar ganhei um livro de grafitti de Barcelona, a minha influência era o gringo PEZ. Daí conheci o pessoal da cena local de BH que me influenciou nas técnicas de acabamento e composição. O pessoal de São Paulo também me influencia até hoje. Hoje consigo visualizar melhor os caminhos que dá pra seguir com o meu trabalho além do grafitti e da rua.
Fonte: mcdbrasil
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